A obesidade é um problema crescente em todo o mundo e está associada a várias condições de saúde adversas, como diabetes tipo 2, hipertensão e doenças cardíacas. Uma das soluções propostas da atualidade para lidar com a obesidade é a cirurgia bariátrica, um procedimento que visa reduzir a capacidade do estômago e, assim, diminuir a quantidade de alimentos que uma pessoa pode ingerir.
Embora possa trazer resultados significativos a curto prazo, a cirurgia bariátrica não é uma solução mágica e pode apresentar muitos riscos e complicações à sua saúde.

Segundo dados do levantamento da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica( SBCBM), entre 2017 e 2022, o Brasil realizou 315.720 mil cirurgias bariátricas, sendo 252.929 cirurgias, segundo dados da Agência Nacional de Saúde (ANS – até 2021), através dos planos de saúde; 16.000 feitas de forma particular; e 46.791 (incluindo 2022) procedimentos pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Neste blogpost, analisaremos as razões pelas quais a cirurgia bariátrica não é a resposta definitiva e como devemos pensar a abordagem da obesidade de maneira mais eficaz e sustentável.
Quando é recomendado fazer uma cirurgia bariátrica?
Em primeiro lugar, é importante entender que a cirurgia bariátrica não é adequada para todos os pacientes com obesidade. A maioria das cirurgias bariátricas é reservada para pessoas com um índice de massa corporal (IMC) superior a 40 ou para aqueles com um IMC superior a 35 com condições de saúde relacionadas à obesidade, como diabetes tipo 2, hipertensão arterial, apneia do sono e doença hepática gordurosa. Portanto, a cirurgia bariátrica não é uma opção para pessoas com sobrepeso ou obesidade leve.
Além disso, a cirurgia bariátrica pode ter uma infinidade de complicações sérias e duradouras. Alguns pacientes podem sofrer de desnutrição a longo prazo, deficiências nutricionais e anemia devido à incapacidade de absorver nutrientes adequadamente após a cirurgia. Além disso, a cirurgia bariátrica pode levar a complicações a curto prazo, como hemorragia, infecção, coágulos sanguíneos e vazamento de costura. E, embora a perda de peso possa ser significativa após a cirurgia, muitos pacientes podem recuperar o peso perdido se não seguirem uma dieta e um estilo de vida adequados.
Também é importante lembrar que a obesidade não é apenas uma questão de peso. Muitos fatores, como genética, estilo de vida e saúde mental, podem contribuir para a obesidade. Portanto, tratar a obesidade requer uma abordagem multidisciplinar que inclui não apenas mudanças na dieta e no estilo de vida, mas também terapia comportamental, aconselhamento nutricional e apoio emocional.
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Em resumo, a cirurgia bariátrica não é uma solução definitiva para a obesidade. Embora possa ajudar a perder peso a curto prazo, também pode apresentar riscos e complicações significativas e não é adequado para todos os pacientes com obesidade.
Em vez disso, é importante abordar a obesidade de forma abrangente e personalizada, trabalhando com uma equipe multidisciplinar para encontrar uma abordagem de tratamento que funcione melhor para cada indivíduo.