A relação entre alimentos altamente processados e a saúde do cérebro tem sido objeto de estudos que sugerem que a ingestão desses produtos pode estar associada a problemas de saúde mental e declínio cognitivo. Cerca de 60% das calorias da dieta americana média vêm de alimentos ultraprocessados, e sua presença está cada vez mais comum em todas as camadas da sociedade. Os UPFs constituem a maioria dos alimentos embalados encontrados nos corredores de supermercados e fast-foods, mas estudos recentes indicam que esses alimentos convenientes e deliciosos também têm um impacto significativo em nossas mentes.
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Pesquisas dos últimos dez anos mostraram que quanto mais alimentos ultraprocessados uma pessoa come, maiores são as chances de ela se sentir deprimida e ansiosa. Além disso, um estudo de 2022 com quase 11.000 adultos brasileiros descobriu uma correlação entre comer alimentos ultraprocessados e pior função cognitiva. Os UPFs são cuidadosamente formulados para serem saborosos e satisfatórios, mas, para tornar os produtos cada vez melhores, os fabricantes os tornam cada vez menos parecidos com comida de verdade.

É possível que uma dieta saudável possa compensar os efeitos prejudiciais da ingestão de alimentos ultraprocessados. Os pesquisadores brasileiros descobriram que seguir um regime alimentar saudável, como a dieta MIND – que é rica em grãos integrais, vegetais de folhas verdes, legumes, nozes, frutas vermelhas, peixe, frango e azeite – reduziu muito o risco de demência associado ao consumo de alimentos ultraprocessados.
Os alimentos ultraprocessados incluem ingredientes que raramente são usados em receitas caseiras, como xarope de milho rico em frutose, óleos hidrogenados, isolados de proteína e aditivos químicos, como corantes, sabores artificiais, adoçantes, emulsificantes e conservantes. Para identificar os alimentos ultraprocessados, é importante ler os rótulos dos produtos e procurar uma longa lista de ingredientes, especialmente aqueles que incluem ingredientes que você nunca usaria na comida caseira. Nomes químicos, palavras impronunciáveis e qualquer coisa que você dificilmente encontraria em um armário de cozinha costumam ser sinais de que um alimento está na categoria de ultraprocessados.
Dicas práticas para reduzir a ingestão de alimentos ultraprocessados e melhorar a saúde do cérebro:
- Leia os rótulos dos alimentos: Como mencionado no artigo, a melhor maneira de evitar alimentos ultraprocessados é verificar os rótulos dos produtos antes de comprá-los. Se a lista de ingredientes contém uma longa lista de ingredientes com nomes químicos ou impronunciáveis, é um sinal de que o alimento é ultraprocessado. Procure por alimentos que tenham uma lista de ingredientes mais simples, contendo ingredientes naturais e nutritivos.
- Cozinhe em casa: Uma maneira de garantir que você está consumindo alimentos saudáveis e minimamente processados é cozinhar em casa. Dessa forma, você controla os ingredientes que está utilizando e pode escolher opções mais saudáveis. Tente preparar refeições simples, como saladas, sopas e refogados, e experimente receitas diferentes com alimentos frescos e nutritivos.
- Compre alimentos frescos e integrais: Procure alimentos frescos e integrais, como frutas, vegetais, grãos integrais, nozes e sementes. Esses alimentos são ricos em nutrientes, fibras e antioxidantes, que são importantes para a saúde do cérebro e do corpo. Além disso, evite comprar alimentos processados, como snacks, refrigerantes e outros alimentos embalados.
- Planeje suas refeições: O planejamento das refeições é uma maneira eficaz de garantir que você esteja comendo alimentos saudáveis e minimamente processados. Planeje com antecedência o que você vai comer durante a semana e faça uma lista de compras para comprar os alimentos necessários. Isso pode ajudar a evitar a tentação de comprar alimentos ultraprocessados durante as compras no supermercado.
- Limite o consumo de açúcar e sal: Alimentos ultraprocessados tendem a ser carregados com açúcar e sal, que são prejudiciais para a saúde do cérebro e do corpo. Limite o consumo desses ingredientes adicionando mais ervas e temperos naturais aos alimentos e evitando alimentos com adição de açúcar e sal.
- Experimente receitas saudáveis: Há uma variedade de receitas saudáveis disponíveis na internet e em livros de receitas que podem ajudá-lo a preparar refeições saborosas e nutritivas. Experimente receitas que contenham alimentos frescos e integrais, e substitua ingredientes processados por opções mais saudáveis.
Apesar das evidências preocupantes sobre a relação entre alimentos ultraprocessados e saúde mental, é importante lembrar que sempre há a opção de escolher alimentos mais saudáveis e balanceados. Ao optar por uma dieta rica em nutrientes, como grãos integrais, frutas e vegetais frescos, nozes e sementes, além de peixes e aves magras, você pode ajudar a manter sua saúde mental e cognitiva em ótimas condições. Se você tem lutado com a obesidade, uma opção para melhorar sua saúde geral pode ser o programa Equilíbrio, que visa promover uma mudança de vida saudável e duradoura. Lembre-se sempre de que pequenas mudanças na sua dieta podem ter um grande impacto na sua saúde a longo prazo.
PROGRAMA EQUILÍBRIO
O programa de emagrecimento da Dra. Maria Augusta.
